quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

NOSSOS ALUNOS NA BIBLIOTECA

                          ALUNA DO 3°ANO LENDO UMA HISTÓRIA PARA OS COLEGAS
Os alunos escolhem um livro levam para casa, na hora do conto , cada um lê para os colegas, após fazemos comentários como: o que entenderem, personagens, como poderiamos trocar o final, moral da história e outros...........

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

A Cartomante

Vou lhes contar um caso que aconteceu numa região pacata, chamada Trigolândia, onde os moradores viviam em harmonia junto com a família Kraisinger.
Esta região foi aos poucos aumentando, muitas pessoas de outras regiões foram ocupando este espaço.
Esta cidadezinha tão pacata foi ficando movimentada.
Nesta cidade morava a família Kraisinger, onde a Gertrudes era líder da comunidade, organizava as festas alemãs, principalmente a oktoberfest, onde tinha o café colonial com todas as guloseimas da tradição alemã, como cuca, pudins, bolachas, salgadinhos, bolos, lingüiças, patês, café com leite , doce de leite... Era mesa para nenhum alemão botar defeito.
Ah! Que coisa bem boa nesta época, podia-se até dormir de porta aberta, mas com o povo aumentando né, isso não pode mais, pois o vizinho que mora ao lado de minha casa, em pleno final de ano, pensou em passear com a família.
-Minha senhora, com quem vamos deixar a casa?
-Vamos deixar com um senhor, parente da família, ele não fará desfeita.
-Falaremos com ele amanhã.
-Mas será que é bom, meu esposo, deixar a casa sozinha durante o dia?
A esposa muito desconfiada resolveu falar com o padre.
-Minha filha conte seus pecados.
-Seu padre, estou com o meu coração na mão, não sei se viajo ou não com a família e a gente tem sempre o costume de viajar no final do ano. O que o senhor acha?
-Minha filha, pode deixar nas mãos de Deus, nada de ruim irá lhe acontecer. Confie.
A mulher saiu mais aliviada, mas o seu esposo estava com uma pulga atrás da orelha.
Chegando em casa, a mulher comentou com seu esposo a conversa que teve com o padre.
Seu esposo ficou com dúvidas e foi ter uma conversa com seu compadre, que não acreditava muito nessas coisas de igreja e aconselhou:
-Olha compadre, eu sei que o senhor é muito religioso, mas eu conheço uma pessoa que prevê o futuro, para lhe dar certeza e sossegar seu coração.
O esposo, saiu de lá pensando, colando as catracas a funcionar, e agora como vou deixar o trator, os bichinhos, minha vaca que está para dar cria. E agora viajo ou não viajo?
-Vou falar com a tal mulher e vou ver o que vai dar.
Chegando em casa, o esposo chama a mulher para tomar chimarrão e conta a história que o compadre disse:
-E aí, o que tu acha mulher? O que a gente faz? Eu ainda estou muito confuso.
-Olha véio, se você tem dúvida, vamos lá, nesta cartomante que você disse.
O casal então decidiu ir a cartomante. Chagando lá, ela estava sentada diante da mesa redonda, naquela penumbra, cheiro de muito incenso.
-Ih mulher, tem certeza que quer entrar. Perguntou o esposo.
-Agora não adianta mais, já estamos aqui. Vamos lá. Retrucou a mulher.
-Entrem, estava esperando por vocês.
-Como? A senhora esperava por nós? Como sabia que a gente ia vir?
-Madame Gisela, tudo sabe, tudo vê. Vejo que vocês estão incomodados com alguma coisa! E é algo material. Hum, problema dos grandes. Corte as cartas, com a mão esquerda para dar sorte. O senhor quer saber sobre o futuro? Então vamos ver. Madame Gisela tudo sabe, tudo vê. Faça três perguntas que deseja saber.
-Eu quero saber sobre minha viagem? Se posso viajar tranquilo? Saber sobre minha família?
-Então meu filho, tire três cartas com a mãe direita.
A mulher só olhando, com os olhos bem arregalados e desconfiada.
-Estou vendo, madame Gisela diz, estou vendo, que sua viagem será tranquila, lá nos seus familiares.
-Isto mesmo, será nos meus familiares.
-A segunda carta responderá a segunda pergunta, pode ir tranquilo, pois os lobos em pele de cordeiro, não atacaram a noite. Quanto a sua família, este ano lhe promete muita paz, saúde e tranquilidade e muita a ajuda entre seus familiares.
Pagaram a madame Gisela e voltaram para casa assustados, mas tranquilos e começaram a fazer suas malas.
Mas seu esposo, muito precavido, pegou alguém para pousar a noite, pois de dia é muito tranquilo. Pegou seu Jerônimo, para poder sair tranquilo.
Agora sim, fico calmo e posso viajar, ver os meus parentes.
Passado alguns dias, no bem bom da viagem, o casal recebe um telefonema.
-Senhor Frederico, venha urgentemente a sua casa, rapidamente, pois arrombaram sua casa.
-Meu Deus, como isso pode acontecer?
E no mesmo instante, decidiram voltar para casa.
Ele contou para os familiares e eles o ajudaram a voltar para casa, pois estava muito nervoso.
Ao chegar em casa, Frederico e sua esposa ficaram horrorizados com o que viram e havia acontecido.
-Minha véia, como isso foi acontecer? A gente saiu tão precavido daqui, como, minha véia?
-Não sei meu veio.
-O que será que faltou. A gente falou com o padre, com a cartomante e o que será que aconteceu.
-Aquela cartomante desgraçada, me disse que daria tudo certo.
-O padre, meu véio, disse que daria tudo certo, que só precisava confiar.
A esposa ficou desconsolada, e foram falar com a cartomante.
-Agora aquela sem vergonha vai me devolver todo meu dinheiro. Como pode ter acontecido isso comigo?
Chegando na cartomante...
-Entre meus filhos, já sei o que se sucede.
-Pois se já sabe, me devolva todo meu dinheiro, pois não quero mais saber de sem vergonhismo, coisas do diabo.
-Calma meus filhos, o que madame Gisela falou para vocês? Madame Gisela disse três coisas para vocês. Que o senhor iria fazer uma boa viagem. O senhor não fez uma boa viagem?
-Sim, fiz uma boa viagem quando estava lá, mas nem terminou minha viagem e tive uma surpresa e tive que voltar, até meus familiares tiveram que me ajudar.
-O que eu lhe disse na segunda carta? Eu lhe disse na segunda carta, que os lobos não atacariam a noite. E o que o senhor fez? E não foi isso que aconteceu?
-Sim, os bandidos, arrombaram de dia.
-E o que mais lhe disse? Disse que na terceira carta, teria saúde, paz e tranquilidade e muita ajuda de seus familiares. E não foi isso que aconteceu? Seus familiares não lhe ajudaram a retornar da viagem?
-Sim senhora.
-O senhor que não interpretou o que madame Gisela disse. Madame Gisela tudo sane, tudo vê.
Seu Frederico saiu desolado, sem saber aonde ir e foram até a igreja.
O padre vendo o desespero do casal, disse:
-Meus filhos, meus filhos, tenham fé, meus filhos.
-Nós duvidamos de sua palavra. Perdão seu padre e olha só o que aconteceu?
-Pois é, meus filhos, a fé remove montanhas e vocês duvidaram do poder do Senhor. Não duvidem mais e vão em paz.

Andressa, Lisângela, Maria Mônica e Rose.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

DESAFIO DE NOSSA TERRA

Aqui temos alguns desafiadores(trovadores) com seu jeito peculiar de falar:

                                                                       O DESAFIO
      
Oi, cumpadre, vem cantar,
Que eu aqui te desafio.
Cantador que ouve o meu canto
Fecha a boca e não dá  pio.

Cantador iguar a ti,
Vou dizer:- Não canta nada!
Quando canta desafirna
Feito taquara rachada.
Se minha voiz é tão feia,
Tu não tens educação.
Tens o cheiro de gambá
E o rosnado de leão.

Os teus olho são de sapo.
Tua cara é de tigela.
Teu nariz é de tucano.
Tua boca é de gamela.

O que é isso, ó colega?
Pára com a apelação.
um cantor que se preza
Canta com educação.

Se queres ser meu amigo,
Ofernsas vou retirar.
Sou cantador educado.
Eu também sei perdoar.

Minha gente, saibam todos
O brinquedo perdoar.
Sempre fomos bons amigos.
Não precisam duvidar.

POEMA









Sebastião Ribeiro Salgado, fotógrafo brasileiro, reconhecido mundialmente por seu estilo único de fotografar. Dedicou-se a fazer cronicas sobre a vida das pessoas excluídas, trabalho que resultou na publicação de dez livros e realização de várias exposições, tendo recebido vários premio e homenagens na Europa e no continente americano. "Espero que a pessoa que entre nas minhas exposições não seja a mesma ao sair" diz Sebastião Salgado. "Acredito que uma pessoa comum pode ajudar muito, não apenas doando bens materiais, mas participando, sendo parte das trocas de ideias, estando realmente preocupada sobre o que está acontecendo no mundo.
                                                    Foto de Sebastião Salgado
                                               

A menina da escolinha rural

No chão de terra batida
Está a escola rural.
Em frente uma cerca
No fundo o milharal

A menina descalça
Vem chegando,  afinal,
Seguindo a professora da escolinha rural.

A professora comovida e paciente,
Ensina em voz de cristal
A menina contente
daquela escola rural.

A casa humilde e marginal
Bela na sua pobreza
É a escolinha rural.

Quando a tarde vem chegando
De mansinho e sem sinal,
A menina se despede dessa escolinha rural.





domingo, 9 de janeiro de 2011

O pesadelo

Vou contar a história de um casal conhecidos meus, que se casaram a 20 e tantos anos atrás, num lugarejo pacato, com muita gente que gosta de falar da vida dos outros. Sabe como é, lugar pequeno, onde todos se conhecem e sabem de tudo que acontece na vida de cada um.
O José e a Maria se casaram sem o consentimento dos pais de Maria, pois estes já sabiam que José não prestava, era ambicioso, cascudo, rancoroso e invejoso. Tudo que não presta numa pessoas estava ali, impregnado nesta pessoa.
Como dizem por aqui, pepino que nasce torto, cresce torto e nem a pau se indireita.
Maria casou-se e teve 4 filhos, todos bem educados, graças a mãe, pois o pai nada fazia por aquelas crianças.
O mais velho cresceu como abóbora, ligeiro e bem como o pai queria, poderia ajudar na lavoura.
A mãe sempre paciente e bondosa, era linda, simples, mas linda. Com seu jeitinho meigo, cativava a todos. Acreditava que os filhos tinham que crescer no seio de uma família.
Sempre generosa, o que deixava o marido raivoso, porque ele tinha o objetivo de angariar bens materiais e acumular dinheiro. Ele teve uma infância pobre, mas que não justifica ser ruim com a esposa e os filhos. Os parentes de Maria achavam que José era doente, doente da cabeça, mas Maria ficava ali firme, fingindo o tempo todo que era feliz, porque assim queria e exigia José.
Os anos se passaram e Maria teve gêmeas, duas meninas lindas, de olhos escuros e cabelos claros. Achavam que agora o coração de José se amoleceria, mas não, continua ruim como erva daninha e duro como ferro.
A vida de Maria também não era fácil, passava muito trabalho com os afazeres da casa e com José, que sempre achava que o serviço dela não rendia e estava mal feito.
Não a deixava passear, pois tinha que trabalhar e dava duro para comprar comida e algumas roupas para os filhos, outras ela ganhava, pois José, muito trabalhador, mas pão duro, só trabalhava para comprar terra e maquinário.
Maria sempre foi religiosa, mas estava meio descrente em Deus e perdia a fé a cada dia.
Amava José e pensava que ele mudaria, porque várias vezes ele fez promessas e parecia mudar seu comportamento, o que durava poucos dias.
Pensava, pouco tempo mais tarde, em se separar de José, já que os filhos estavam criados e encaminhados na vida. Mas a vida nos prega peças que a gente não entende. E depois de 17 anos, nasceu mais um pequeno, um menino enorme, com olhos e cabelos claros, parecido como o pai e se foi água a baixo o desejo de Maria, o de se separar da megera do marido.
Agora Maria pensava novamente no filho e descartou por hora a hipótese de separação, pois o menino precisava de um pai, fosse quem era. Aguentou pouco mais de três anos e não podia mais viver assim e decidiu depois de grande dor, se separar definitivamente do esposo.
Sabia que não seria fácil, pois José era genioso e jamais aceitaria ser descartado como baralho velho.
Após meses de discórdias e brigas, Maria mudou-se para um casarão, onde pensava e sonhava ser feliz. O que durou 30 dias, quando foi acometida por uma doença cruel e Deus a levou, deixando saudades nos filhos e demais familiares.
Com certeza, onde está agora está feliz e cuidando de quem ela gostava.


Maria Mônica, Andressa e Rose.